quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Lágrimas no abismo

De meus olhos escorrem sentimentos...
Em minhas mãos ergo meu coração,
A minha frente um abismo que sopra infinitamente um vento gélido, um hálito sombrio, e triste...
Solto meu coração, ele cai se desfazendo em pó...
Nada vai mudar para os outros, mas para mim irá fazer toda a diferença,
Como compreender toda a extensão do vazio que habita meu peito?
Eu caminho como uma sombra, e todas as coisas são frestas que transpasso como o sangue que escorre pelo estigma,
Eles vêem a porcelana exterior, a tinta no quadro, não capturam nada...
Minha alma grita!!
E ... minha mente me ilude com falsas esperanças de tempos tão belos como outrora... Uma fuga ainda mais cruel...
Lágrimas novas de lembranças antigas...
Minhas lagrimas já fizeram parte da tempestade que me devasta interiormente,
Sou consumido por todo o amor, toda alegria e todos os momentos, que já foram bons...
O abismo parece tornar-se maior a cada dia, até que um dia não haverá nada alem dele, então só restara mergulhar...
Estou sonolento, um novo mundo me aguarda a um salto de distancia...
Estou sonolento, meus olhos pesam, em meus sonhos encontro meu verdadeiro mundo...
Estou sonolento... As lagrimas já secaram, mas ainda dói...
Irá amanhecer o dia? A tempestade esta passando, meus medos também...

-will Sasaki

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cálice rubro


Verto em um cálice,
As bases que animam meu corpo,
Empalideço vagarosamente, e meus olhos vão perdendo o brilho...
Meu pulso aberto é um portal para um outro lar,
Sombrio até agora, porém desejado desde sempre...

Incrivelmente estou feliz...
E meu peito em paz...
Posso sentir todas as dores diminuírem,
Ate vestígios de felicidade,
De um mundo que se distancia a cada gota que se esvai...

Sinto na leveza que se apossa de mim,
As ruínas de um mundo antigo,
Numa miríade de lembranças,
Que percorrem minha mente enevoada...

Se desfaz um eu de asas queimadas,
Com as mãos em fios escarlates,
E os joelhos trêmulos tocando o chão...

As areias do tempo envolvem o espaço sem fim...
E minha centelha almeja,
Uma pequena fagulha da piedade,
D’aquele que navega por toda parte...

Entrego-me vagarosamente,
A um sono que me embala aos poucos e profundamente,
Tão carinhoso, que sinto flutuar-me...
Um ultimo olhar, como um adeus suspiro devagar,
Apreciando, guardando aquele pequeno momento,
De lembranças que se resolvem, no fim do túnel branco...

De repente todos os planos perderam importância...
E todas as cores sumiram...

Não sinto a queda,
Pois já flutuou muito longe dali...
Não ouço gritos,
Pois o silencio abarca tudo...
Não sinto dor,
Pois toda dor se dissipou...


~Will Sasaki

terça-feira, 19 de julho de 2011

Areias de sangue

Nas fornalhas de um templo esquecido,
Arranco a pele gasta,
Verto do cálice de sangue gélido...

Esquecido no tempo...
Em terras áridas e mortas,
Permaneço impaciente e silencioso...

Estes trapos que agora visto,
Já foram da mais fina beleza,
Na qual mergulhei por milênios...
Adociquei meus lábios nesse néctar precioso,
Ate que me afoguei em um mundo que ruía...

Precioso é o tempo e delicado seu caminhar,
O ouro é irrelevante frente à vida imponente...
Nas sombras que se estendem,
Meu passado sorri, com caninos de mármore reluzente...

Me afasto da luz, pois ela me queima...
Curioso é o fato dessa matéria nada queimar,
Pois o que queima são as lembranças que dela vêem...

Minh’alma se encasulou nesse corpo,
Na esperança de se transformar em algo alem de cinzas...
Porem nos gritos abafados esse sonho torna-se amargo,
As expectativas se esvaem desse cadáver,
Enquanto a alma definha na solidão de si mesma...

Aperto com força um relógio de corda,
Pois seu tic-tac me leva a beira da insanidade...
E mesmo assim estou sempre à margem,
Sem morrer ou viver, o que será pior?

Rastejo em minha mente,
Deixo rastros de mim por toda a parte...
Deixado a mercê pelo destino,
Sem a chave que liberta-me desse templo...
Escrevo as ultimas linhas,
Antes de envolver-me numa mortalha...
Ou perecer na insanidade...

~Will Sasaki

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pássaro que voa.


Ha um belo pássaro em minhas mãos querendo voar...
Se o deixá-lo partir, nunca mais ele retornara,
Aquele que uma vez conheceu a liberdade jamais perde o gosto,
E jamais encontra um novo motivo para amar...

Aquelas palavras ecoaram por todo o universo da minha mente,
Toda a extensão da vida,
Toda a vastidão de um sorriso,
Para se perderem, no suspiro derradeiro...

Lembro-me de voar em meus sonhos,
E de como tudo era fácil...
Saudoso tempo de correr na chuva,
De brincar ate perder a hora,
E Ser chamado embora...

O pássaro que agora voa,
Se vai com meu amor,
Pois meu amor,
É amar,
A alegria de sua liberdade...

É assim que meu coração voa...
E quem me disse, que não seria feliz se enganou...
As lagrimas que agora vertem,
É porque meu coração foi aos céus, pelo meu amor...

-Will Sasaki

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sonhos

Eu me perco toda a noite,
E me confundo durante o dia...
Eu choro e não sei quem sou,
Eu grito e escuto teu nome...
Mas não sei quem és...

Eu sinto uma dor que não poder ser minha,
Eu sofro, corro e me lanço contra minha mente...
Quero rasgar essas lembranças,
Quero preencher o oceano com essa dor,
Eu só não quero sofrer mais...

Eu só não quero que tudo continue assim,
Porque é como se nunca fosse passar,
Eu quero que tudo acabe quando fechar meus olhos,
Eu não quero acordar...

Dormindo tudo é tão bom e calmo,
Em meus sonhos me encontro,
Não há dor naquele mundo...

Você vive cristalizada num mundo onírico...
E todo o momento esta gravado eternamente,
Em alguns gestos, poucos movimentos...

Alguns olhares e sorrisos podem alimentar uma vida,
E trazer paz e sentido ao caos de um mundo sem sentido,
Onde “por quês...” morrem em espaços vazios e doloridos...

~Will sasaki

Esvaindo

E derrepente beber já não me da asas
E as lagrimas estão a rolar
Sinto-me quebrado
Eu só quero ir embora...

A fumaça em minha mente
Vejo cores, mas não a formas
Eu só quero ir embora...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Esfera de Sangue


Esse é o nosso mundo...
 Olhe ao redor, Ele é feito de sangue, cimento, fuligem, ferro, vidro e asfalto...
A vida esfarela na palma das mãos com um apertar de botão,
O silêncio que a maioria das pessoas tem hoje, é aquele que brota, Do som das maquinas de poluir, dos altos falantes e outras maquinas elétricas.
Grite para escutar sua voz, ou se aglomere junto com outros zumbis...

Memórias


Eu não sei como começar, e esta não é a melhor forma... Parece confuso, mas assim foi boa parte da minha vida. No entanto, aprendi que a confusão é duvida... Eu sempre estive procurando algo... Mas a confusão é algo bom, porque não é uma duvida em que você já se conformou... Confusão é quando se esta procurando uma resposta, por isso esta confuso... Porque ainda não encontrou...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Vampiro, -Vida que o tempo levou.

Naqueles olhos, há uma vida gélida, uma centelha quase apagada...
O vento sobra e de longe ele admira, ninguém sabe aonde seus olhos estão realmente percorrendo...
As nuvens passam rápidas, ele ainda esta lá, parado, imóvel!
A lua brilha, gigantesca reinando só... No céu noturno.
Da parte mais alta do castelo ele observa... vazio...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Em Tributo

Em Tributo,
A toda vida que a dor me privou...
Todas as lagrimas que verteram queimando minha face...
A toda escuridão na qual me abriguei para fugir dessa dor...
Todo o sangue que escorreu por entre os estigmas fincados no tempo...
A vida pode ser apunhalada
- E a alma pode gritar...

Fuligem - Soot

Fuligem sobe aos céus
Soot rise to the skyes
O fogo arde posso sentir me esvaindo
The fire is burning I can feel me fainting
A dormência começa a se espalhar em espasmos violentos
A dormancy starts to spread in violent spasms
Minhas pálpebras estão pesadas
My eyelid are heavy
Quem tingiu meu mundo
Who dye my world

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Severa espada

Abra suas asas,

Erga tua face,

Não há temor onde a ousadia,

Grite a voz de tua alma,

Acorde os demônios e desperte a multidão,

Derrame as lagrimas necessárias que o caminho permite,

Mas não se dê por vencido aonde as pedras forem grandes,

Trave as batalhas necessárias não mais que isso,

Quebre o coração se necessário,

Ele é um acessório muito bonito,

Mas não seja seu escravo!

As lagrimas irão queimar em minha face,

Esse sal será o tempero da terra e não da vida!

Somos forjados no fogo, que sopre o dragão!

Erga os escudo e empunhe a espada!

Quando amanhecer haverá tristeza e dor,

Banharei a terra com sangue,

Beberei a vida daqueles que ficarem entre mim e a vitoria,

E da morte abraçarei a Gloria.

-Will Sasaki

Queime

A lua esta negra,
Meus olhos mergulham em suas sombras,
Meu reflexo marca um monstro de olhos tenebrosos,
Escuto um murmúrio me puxando para dentro de mim,
E sinto a dor emergindo de minhas lembranças em chamas,
Agarro meu peito, mas é rasgado por agulhas pontiagudas ,
Agarro meus braços e caio de joelhos,
O vazio que surgi dentro de mim me engole,
Como o abismo engole o oceano,

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Dark Art

Alguns pintam em tela, outros texturizam, esculpem, cada um fazendo arte a sua maneira... A Arte é uma expressão, inegavelmente a respiração espiritual, na qual as emoções e a criatividade são capazes de se manifestar. Estamos no século XXI é natural que novas ferramentas surjam assim como vêem surgindo a séculos! Vou mostrar-lhes agora alguns de meus trabalhos, em um estilo de criação de imagens chamado Dark Art.

Essa é a Kira, uma amiga, em formato de Dark Art
 Uma Zumbi "Sexy",rs.

 Imagem minha antiga editada com alguns toques em Dark Art

Vagando em pensamentos

 
Só o que posso dizer é que já é tarde na noite,
E estou na escuridão de meu quarto e minha mente
Num caminho sombrio entre o estar consciente e sonhando,

Eu posso confundir coração e razão, mas não confundo o que estou sentindo
E é uma mistura amarga dos dois... bebo do cálice de lembranças empoeiradas,
Um licor já azedo muito alem do ponto, não melhora com o tempo...

Aspiro.

Aspiro...

Um desejo... Sombrio...
Porque almejo algo que minhas mãos não tocam,
Mas que esta por toda parte,
Por onde observo de olhos fechados... Aquela luz...

Ou então,
Insufla sobre dentre meu ser um desejo ainda maior que este,
Que tenha seu começo neste mundo,
para que então,
eu procure seu fim em planícies alem de meus sonhos...

Laços de Dor

Começo a notar um mundo estranho...

Lembro-me de como era difícil resistir aos momentos que se precipitavam uns após outros...

Cada dia tinha um peso maior que o outro,

Cada sensação um toque de angustias e lembranças pessoais que delineavam uma nova experiência de dor...

O vento sopra, tremem as arvores um passo após o outro caminho...

O cabelo esvoaça e observo a janela... Paisagens frias, porem com movimentos...

Ouve um tempo que cada cor, me causava sofrimentos, porque me lembrava de ti...

Afinal era você a pulsação luminosa de minha vida, era a referencia de cada momento,

era a luz que ofuscava todo o resto do mundo...

Areias que esvaem

Sabe quando o mundo já não te compreende,
E as lembranças que você tem são de um passado distante e feliz...
Onde seus amigos te amavam e estavam com você,
Onde havia aquela pessoal especial,
Que agora já desapareceu nas brumas da vida...

Eu levo a Mão a face para enxugar as lagrimas...
E tentar com isso tocar meu passado,
Os dias que se seguem, não são mais belos que aquela época...
E isso me corroí, porque quem provou do que é bom não suporte nada alem disso...

Começo há medir os minutos, são folhas lançadas aos ventos sem rumo certo,
Eu caminho em uma estrada sem cores como aquele lindo passado...
Inúmeras vezes tentei retornar a ele em vão...
Porque haviam coisas nele que não poderei recuperar,

Você


Eu tenho um segredo que gostaria de contar-lhe
Eu só queria abrir meu coração a ti
Porque ele esta vazio. E você poderia ter o preenchido...

Da escuridão emergiu um sentimento de amor e dor...
Porque eu sinto falta de você comigo...
A distância que nos separa,
Poderia aproximar galáxias,
E ainda sim nossos lábios não se tocariam...

Deixe-me ao menos guardar o sabor de seus lábios,
Deixe-me entregar o melhor de mim a você
Porque eu não tenho mais ninguém,
Eu não confio em ninguém para isso...

Você é o ar que eu respiro...
Desfaleço sem você...
Eu me quebro em pedaços,

Meu sangue verte de minhas veias como as lagrimas dos céus..
Eu tenho sede de amor, eu tenho sede de você.

Deixe me gritar seu nome !!
Eu aperto meu peito, eu quero machucar meu coração,
Eu quero tirar você de mim...

Eu salto de encontro a esse mundo,
E a cada dia acordo em sobre-salto
Porque estou caindo e caindo...

Sozinho em um oceano,
Naufragando para dentro de mim,
Afogando em meus sonhos...
Mas feliz,
Pois são as ultimas lembrança de você.

-Will Sasaki.

Eu Quero !


Eu quero viver!
Eu quero arder!
Quero devorar o tempo,

Ele não volta, mas eu não quero perder!
Não quero nem saber

Eu tenho sonhos, eu os quero de volta!
Quero todo meu passado/tempo

Tudo que era bom, inocente e sem misérias
Quero a época que fazia sentido em minha vida!
Quero meu coração sem dor, sem retalhos, sem lagrimas
Quero aprender tudo de um jeito fácil
Quero amar sem medo...
Não quero engasgar em lagrimas!

A pressão da vida vem apertando meu peito,
Meus ombros pesam com as decisões,
Venho fazendo sacrifícios dias após dias...
Eu só quero um amor, e a quem amar...
Quero descansar meu coração que sofre por respirar...

-Will Sasaki.