segunda-feira, 15 de junho de 2015

A vida

Caminho só, em uma escuridão sem fim,
Conhecida somente por mim...
Momentos de luz passageiros, quando um outro alguém caminha alguns instantes ao meu lado... 
Eu poderia ter amado, ter odiado, ter estado indiferente, mas eles estavam lá.
Foram bons momentos, os melhores de todos, algum dia irei me recordar e reconfortar-me.
Eu errei, errei muito, como se a vida fosse tolerar e ser paciente, como se eu pudesse errar sem conseqüências, mas a vida é tem uma face agradável e uma personalidade cruel.
Ela não poupa crianças, nem pessoas queridas, nem corações frágeis, nem sua imaturidade.
A vida é armada de duas coisas, a ampulheta que é o tempo, e a foice que é a morte, e ela só precisa disso, pois seus olhos são frios e belos, seus lábios gelados mas seu corpo é quente.
E agora caminhando ouvindo o som de meus passos ecoando na profundidade da densa escuridão, eu paro às vezes tentando ouvir o som de meu coração, e uma voz distante sussurra: Você escuta esse som? É o som de um coração parando...
Eu tento não dar ouvidos e passo a passo, vou caminhando na escuridão, sem direção, porque a vida é uma noite escura.
 E ninguém sabe o que irá encontrar, não vê o que ficou para trás, mas sente, sente demais, e quando não se aguenta mais transborda em lagrimas e lembranças desesperadas que pedem um novo sopro de vida.

-Will sasaki